sexta-feira, 17 de junho de 2016

noite




O sonâmbulo
refletindo
fala o preâmbulo
rindo

o companheiro,
ao lado,
não vê acordado
o que ele,
desamparado,
enxerga dormindo

terça-feira, 7 de junho de 2016

memórias



Guardar as lembranças em uma caixinha enfeitada, pintada à mão.
Louvá-la quando convém.
Não lustrar demais; deixar poeira onde poeira tem.
A caixinha não mede espaço, cabe o que vem
– ventania, disritmia também.
Escolher bem, pois, o momento em que se cristaliza uma recordação.

Dizem que exagero E eu aqui, nego: Sinto muito. Quando gosto, expando Quando desgosto, debando Dizem que não falo eu,...