De todas as vontades,
a primeira.
Inutilmente combatida,
sustentada por fios de esperança.
De todos os riscos,
o maior.
Deter-me em pensamentos para,
talvez,
alcançar um passado.
Acontece que,
toda vez que me distraio de mim
me aproximo de você.
terça-feira, 16 de agosto de 2005
quinta-feira, 4 de agosto de 2005
"Pro dia nascer feliz"
escrito em 8/7, após uma tarde inteira no forte de Paraty, deitada em cima da pedra olhando para o mar lá embaixo...
A fim de ser feliz.
Encostar na pedra áspera e senti-la pontilhando as costas, os braços, a cabeça deitada. Os olhos a imaginar prazeres nas nuvens já não tão presentes. Poder apreciar o céu nublado se transformando em azul-mar, quando os primeiros raios de sol rasgam o branco-cinza-algodão doce. E os mesmos raios de sol a refletirem no mar e em meus olhos, que sensivelmente se fecham.
Agora, o escuro. Guardo na memória a natureza que vi e as imagens que tenho em mente se confundem com a lembrança recente. O inconsciente (ou consciente?) me aproxima de pessoas ausentes e minha realidade nada mais é do que invenção.
Mesmo assim ainda escuto barulho de grama pisada do meu lado, mergulho de criança no mar, cochicho dos apaixonados beijando-se.
Vai e vem das ondas, encontro com a beirada da pedra, choque. Vai. Vem. Vai e é gostosa a ansiedade de tentar adivinhar quando volta. É...agora! não... nunca consigo pressentir o momento exato da volta das ondas. Fico na expectativa, sem respirar, reparando minuciosamente no barulhinho da espuma do mar, esperando que se choque na pedra e recomece o ciclo. E de repente...choque! ah...faz-me rir o susto que levo ao escutar o encontro tão esperado, que vai e vem, e se repete eternamente. E eternamente é impossível adivinhar quando vem e quando vai. Faz-me rir...
A formiga a contornar-me o corpo deitado, o mosquito zumbindo ao lado, os pés descalços escorregando no chão molhado, o vento sussurrando assobios, o sol aquecendo aos poucos, o frio constante mas também ausente e o barulhinho do esperado
Encostar na pedra áspera e senti-la pontilhando as costas, os braços, a cabeça deitada. Os olhos a imaginar prazeres nas nuvens já não tão presentes. Poder apreciar o céu nublado se transformando em azul-mar, quando os primeiros raios de sol rasgam o branco-cinza-algodão doce. E os mesmos raios de sol a refletirem no mar e em meus olhos, que sensivelmente se fecham.
Agora, o escuro. Guardo na memória a natureza que vi e as imagens que tenho em mente se confundem com a lembrança recente. O inconsciente (ou consciente?) me aproxima de pessoas ausentes e minha realidade nada mais é do que invenção.
Mesmo assim ainda escuto barulho de grama pisada do meu lado, mergulho de criança no mar, cochicho dos apaixonados beijando-se.
Vai e vem das ondas, encontro com a beirada da pedra, choque. Vai. Vem. Vai e é gostosa a ansiedade de tentar adivinhar quando volta. É...agora! não... nunca consigo pressentir o momento exato da volta das ondas. Fico na expectativa, sem respirar, reparando minuciosamente no barulhinho da espuma do mar, esperando que se choque na pedra e recomece o ciclo. E de repente...choque! ah...faz-me rir o susto que levo ao escutar o encontro tão esperado, que vai e vem, e se repete eternamente. E eternamente é impossível adivinhar quando vem e quando vai. Faz-me rir...
A formiga a contornar-me o corpo deitado, o mosquito zumbindo ao lado, os pés descalços escorregando no chão molhado, o vento sussurrando assobios, o sol aquecendo aos poucos, o frio constante mas também ausente e o barulhinho do esperado
vai...e vem...
Vai...e vem....
No meio dos intermináveis barulhos de fazer sono gostoso, penso que o mundo é quase perfeito - “agora só falta você...”.
Tiro fotos bonitas para mostrar aos outros o que ainda há para se mostrar de belo, e depois para colar na parede do quarto a fim de me acalmar quando leio os desastres do dia nos jornais. Uma calma que reconforta – ainda existe beleza no mundo! – e inconforma – são poucos os que vêem essa beleza... – ao mesmo tempo.
Abro os olhos apenas porque não estou morta, porque por mim viveria ali deitada na pedra, os olhos fechados a escutar natureza e os pensamentos a inventar utopias.
Eu não sei o que faço aqui, mas parece que hoje o dia nasceu para me ver sorrir - quisera eu que nascesse para ver sorrisos nos rostos todos.
Vai...e vem....
No meio dos intermináveis barulhos de fazer sono gostoso, penso que o mundo é quase perfeito - “agora só falta você...”.
Tiro fotos bonitas para mostrar aos outros o que ainda há para se mostrar de belo, e depois para colar na parede do quarto a fim de me acalmar quando leio os desastres do dia nos jornais. Uma calma que reconforta – ainda existe beleza no mundo! – e inconforma – são poucos os que vêem essa beleza... – ao mesmo tempo.
Abro os olhos apenas porque não estou morta, porque por mim viveria ali deitada na pedra, os olhos fechados a escutar natureza e os pensamentos a inventar utopias.
Eu não sei o que faço aqui, mas parece que hoje o dia nasceu para me ver sorrir - quisera eu que nascesse para ver sorrisos nos rostos todos.
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